terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Balanço final do Império Japonês

Ao embarcarmos no “SU Zhou Hau” fomos percorridos por um misto de sentimentos. Por um lado deixámos para trás um país com uma cultura interessantíssima que já há muito tempo queríamos visitar. Por outro lado o Império e os seus templos estavam a “massacrar” o orçamento dos mochileiros. Fazer uma viagem de muitos meses requer muitas contas e muita contenção de despesas, mas ao mesmo tempo não é fácil resistir a visitar templos, santuários e outros locais fantásticos onde tão cedo não poderemos retornar. No entanto, o balanço é sempre positivo, sem qualquer tipo de dúvida. Estivemos 10 dias no Japão. 5 na capital, Tóquio ( um dos quais visitámos Nikko), 1 dia em Nara, 3 dias em Kyoto e mais 1 dia entre Kyoto, Osaka e embarcar no ferry que nos levou para Shangai. Todas as cidades se revelaram incríveis à sua maneira. E todas elas continham pelo menos uma mão cheia de patrimónios mundiais da UNESCO.
Tóquio com a sua vida agitada e as suas ruas iluminadas com os néons dos edifícios foi um bom ponto de partida para esta nossa aventura. Uma cidade com quase 13 milhões de habitantes e uma ordem como nunca vimos igual. No metro ninguém fala, mesmo em hora de ponta. Fechamos os olhos, e parece que viajamos sozinhos. Falar ao telemóvel é proibido e é aconselhável colocar o mesmo em modo silencioso para não incomodar ninguém. No chão há setas a indicar o sentido por onde devemos circular. Toda a gente obedece. Até nós!
Aquando da estadia em Tóquio aproveitámos para visitar o famoso parque natural de Nikko que já descrevemos anteriormente. Simplesmente espectacular. E foi ai que nos apercebemos do nosso timing perfeito ao vir visitar o Japão durante o Outono. As árvores estão nesta altura do ano revestidas por folhas com tonalidades nunca antes vistas por nós. Verdes, amarelas, cor de laranja, várias tonalidades de vermelho…

O destino seguinte foi a cidade de Nara. Para lá chegarmos tínhamos várias hipóteses. Uma primeira em que demorávamos cerca de 4 horas de comboio mas que nos custava mais de 130 Eur cada um. E a segunda hipótese que nos levou 9h30 e nos ficou por cerca de 55 Eur e poupámos uma noite no Hostel (autocarro nocturno). E como no poupar é que está o ganho, apanhámos o autocarro nocturno. O corpinho aguenta.
Nara é, a seguir a Kyoto, a cidade com o maior arquivo histórico e cultural do Japão. Na zona dos templos existem dezenas ou mesmo centenas de veados que andam por entre as pessoas à procura de comida. É onde se encontra o Big Budda Hall que achámos majestoso. Imponente.

Por fim, Kyoto que é a cidade mais procurada e não desilude. Com mais de 600 templos, Kyoto é a imagem que temos do Japão tradicional. Esta cidade foi capital do Império durante muitos séculos, como tal guarda segredos com uma história interminável de antigos Imperadores e samurais. Merece um lugar no top de cidades a visitar.




Concluímos este último relato relativo ao Japão com o melhor do que encontrámos por lá, o povo japonês. Nunca, em lado algum, nenhum de nós conheceu um povo com um sentido cívico tão elevado e com um respeito e uma educação invejáveis. Sempre dispostos a ajudar, mesmo não dominando bem a língua Inglesa, esclareceram-nos sempre que foi preciso. Além disso, revelaram-se um povo extremamente culto, interessante e interessado, o que é sempre interessante…
Espero que com isto vos tenhamos deixado com vontade de visitar o Japão. Vale a pena…

3 comentários:

  1. Apesar dos problemas técnicos eu vi as fotos e gostei muito. Facilita o local, mas não é fácil mostrar o que se vê ao contrário do que se pensa.
    A parte tradicional do Japão é sem dúvida fantástica. Monumentos, natureza e história.
    Já soube de algumas aventuras... não podia ser tudo muito bom.
    Best luck next time lol Boa continuação. ;)

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  2. Estou desejoso de ver as fotos! Em Shanghai, como em qualquer cidade da China, é fundamental comprar um mapa da cidade com os nomes em Pin yin ( escrita que nós percebemos ). Custa cerca de 1 € e encontra-se nas ruas, estações de combóio, metro, papelarias,etc. Como as cidades mudam muito rapidamente, fazem mapas novos todos os anos, por isso devem encontrar de 2011. se comprarem mapa com carateres chineses, ficam como um boi a olhar para um palácio... Na Nanjing road em Shanghai, talvez encontrem um quiosque com pasteis de nata...comam meia dúzia por mim que eu depois pago!
    Boa continuação de viagem. beijos e abraços

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  3. Continuação de boa viagem e divirtam-se muito...
    Contem-nos é tudo (é uma delicia vir aqui ler as vossas aventuras...
    Beijinhos

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