segunda-feira, 2 de julho de 2012

Até já...


1 de Julho, 22:53 em Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos da América. Depois de 3 copos de Cabernet Sauvignon decido-me a partilhar este momento com vocês. 

Daqui a 13H11 minutos apanhamos o voo de regresso para Portugal.  
 
Actualizar um blog em tempo real não é fácil. Como tal, o blog tem um atraso de cerca de um mês… 

Há pouco mais de uma semana, recebemos a notícia que vão abrir boas oportunidades de trabalho em Portugal na área do André. Como tal, decidimos que seria pouco prudente não aproveitar esta oportunidade e tentar a nossa sorte. 

Durante esta viagem, muitas pessoas nos perguntaram quais eram os nossos planos. Se queríamos voltar a Portugal. E sempre respondemos que só não regressaríamos a casa se não pudéssemos. Os nossos planos são, e sempre foram, voltar a Portugal. É lá que pertencemos. 

Pois bem, vamos agora completar 7 meses e 13 dias de viagem. Está na hora de voltar a casa, com o sentimento de missão cumprida.

Agora, isso é que é o estranho. Voltar a casa. Vivemos 26 anos e meio em casa. Com uma rotina definida. Com as pessoas que nos são queridas. No entanto, após 7 meses e 13 dias fora de casa, temos a sensação que vamos regressar para o desconhecido. O que nos passa pela cabeça? O que nos passa pelos corações? Quero dizer “medo”, mas não vou. Prefiro dizer saudade, ansiedade, curiosidade, desafio. Vamos voltar a casa. Ver as nossas Mães, Pais, irmãos, irmãs, Família e amigos. Vamos abraçar as nossas famílias no aeroporto. Vamos chorar de alegria. Vamos contar as nossas histórias de sorriso estampado na cara. Vamos ouvir as nossas Mães dizer que estamos magrinhos e com o cabelo tão comprido! Vamos comer um bom bacalhau no Aires. Vamos procurar empregos nos jornais. Vamos comprar um carro em 2ª ou 3ª mão. Vamos procurar uma casa. Vamos voltar a pôr o despertador. Vamos voltar a dizer: “Bom dia, quero uma bica, por favor”. Vamos voltar a casa.

Este é provavelmente o post que mais me custa escrever. O regresso está a custar-nos, pelas melhores razões, e ainda nem no avião entrámos. 

Esta viagem foi a melhor decisão que tomámos nos últimos anos. Foi a “inconsciência” mais saudável que nos aconteceu. As experiências que vivemos, os lugares que vimos, as pessoas que conhecemos, foram únicas e irrepetíveis. Só nos resta recordar, continuar a sonhar e continuar a acreditar que a viagem não terminou ainda, nem nunca há de terminar, nunca.

Vamos continuar os relatos que nos faltam da viagem. Muita coisa se passou. Ainda viajámos até Sydney onde trabalhámos durante um mês. Viajámos praticamente até ao ponto mais longe do Mundo, de casa. Voámos para os Estados Unidos. E viajámos um mês pela terra do Obama.  

Não queremos que deixem de nos visitar. Temos muita coisa para partilhar com vocês.

Até breve e obrigado por nos terem acompanhado pelo Mundo fora.

Os vossos mochileiros

André e Ana Rita